Chamados para semear sem apostatar da fé
A primeira ministração da EBFO, realizada na noite de sexta-feira (1), na Catedral da AD Perus, ficou sob responsabilidade do pastor Nerildo Accioly. Com base no texto “Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia, Tito para Dalmácia” (2Tm 4:10), o ele discorreu sobre a apostasia ministerial, destacando a biografia de Demas, que surge na narrativa bíblica como cooperador do apóstolo dos gentios e tem sua última menção histórica como alguém que o abandonou.
Em suas considerações iniciais, o pastor Accioly destacou o contexto que qualifica aqueles atuam no reino de Deus. “Ministério não é para quem quer, é para quem Deus chama. Ministério não é para oferecidos, ministério é para quem tem chamada e graça de Deus na vida”, enfatizou.
Ao longo da exposição, o preletor listou três razões para a apostasia ministerial de Demas: 1) Não valorizar as oportunidades; 2) Se intimidar diante do contexto adversário; 3) Valorizar o aparente em detrimento do essencial.
Agarrar oportunidades
“As oportunidades vêm para todos”, afirmou o pregador. “O grande diferencial da vida é o que você fará com as oportunidades que Deus te dará”. Ele exemplificou a necessidade de que preletores e cantores estejam sempre devidamente preparado para louvar ao Senhor, dar uma saudação ou mesmo ministrar um estudo ou pregação a qualquer momento.
“É melhor estar preparado e não ter oportunidade, do que ter a oportunidade e não estar preparado”, reforçou. Com autoridade, Nerildo declarou: “Essa escola pode ser um diferencial. Deus pode ter marcado para mudar a tua história, o teu ministério. Aproveite as oportunidades que Deus te dará”.
Alerta de Jesus
Mantendo Demas como personagem-chave, o pastor Accioly citou a perseguição imposta por Nero, imperador romano. Com esse fato histórico, ele mencionou o alerta de Jesus: “Tenho vos dito isso para que em mim tenhais paz: no mundo tereis aflições” (Jo 16:33).
O anúncio das aflições, feito por Jesus, como pacote da jornada cristã contrasta com as motivações de quem almeja funções espirituais com metas carnais como andar de avião, ser famoso, ganhar ofertas. Enfaticamente, o preletor recriminou estas metas. “Ministério não é glamour, status. Ministério tem dor, sofrimento, provas, lágrimas, questionamentos, cruz, renúncia. Ministério tem preço a pagar”.
Accioly detalhou, ainda, o significado de “aflições” no contexto do registro do apóstolo João. Ele citou as possibilidades de suas manifestações, tais como, privação financeira, enfermidades, perdas, angústia que beira a morte. Diante de tudo, porém, ele recordou a garantia do Mestre de dar vitória àqueles que permaneceram fieis até o fim. “A luta e a tribulação podem bater na porta, mas não são eternas, são passageiras. Quem te chamou é fiel e vai te dar vitória!”, exclamou.
Cuidado com a trajetória
Em suas considerações finais, o pastor Accioly destacou a necessidade de começar bem e se empenhar por terminar bem. Consolou, porém, lembrando que se o começo não foi bom, o fim pode ser.
Para tanto, é precisa deixar de lado a prática de valorizar o que é aparente, em decorrência dos talentos, e deixar de considerar o caráter, que define o comportamento no oculto. “Caráter é o que somos em casa com o filho, com a esposa, sozinho no hotel, atrás do computador. Talento é o que pode ser visto”, concluiu.
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