Catedral apequenou-se diante dos milhares de jovens que participaram do culto solene dos 50 anos da Umademp

A pujança estampada nos encontros vistosos, proporcionada pelo concreto armado que se entrelaça em cada pilastra que sustenta o templo-sede mundial do ministério, ficou para trás, tornando-se menor perante o elevado fluxo de jovens que se constatou na noite do sábado, 16, oportunidade em que o culto foi o ápice das comemorações do jubileu de ouro do congresso da União da Mocidade das Assembléias de Deus do Ministério de Perus (Umademp). Sim, foi isso mesmo. A Catedral apequenou-se fisicamente falando, quando confrontada foi com os milhares de congressistas que constaram no inesquecível culto.

Ao som de trombetas teve início um culto apinhado, dispondo de uma grande multidão de jovens como até então jamais se viu nas novas dependências do imponente templo. O início do cerimonial foi disparado mediante um discurso inflamado, apresentado pelo renomado jornalista Célio Campos, que ressaltou o teor da palavra ‘jubileu’ e relembrou as lutas e glórias dos últimos anos, homenageando todos os homens que já fizeram parte dessa história ímpar.

Sob a sintonia do hino 243 da Harpa Cristã, prossegui-se a liturgia da cerimônia quando o culto foi aberto. Novamente a orquestra demonstrou uma comunhão excepcional, desfilando outras apresentações que foram acompanhadas com voz de trovão, por conta da massa. Exemplos foram os hinos 416 (Quando o povo salvo entrar) alentando esperanças futuras rumo aos céus e o 24 (Poder pentecostal) que bem ilustrou a trajetória das Assembleias de Deus no Brasil, revelada em seus departamentos. A Umademp retratou bem isso nesse meio século.

O vice-presidente nacional do Ministério, o pastor Joinville Albernaz, fez a leitura oficial baseada em Êxodo 3. 1-14. Em alta voz toda a igreja finalizou a leitura entoando “Grande eu Sou”, tema das festividades que se arrastavam desde a quinta-feira, 14.

O pastor presidente, doutor Elias Cardoso, apresentou todos os membros da diretoria da Umademp Brasil 2016, cujo presidente é o pastor Flávio Pena. Assumiu a direção do culto e relembrou que o congresso começou com apenas 20 jovens, e hoje já se expandiu para todo o Brasil e alguns países.

A seguir, iniciou-se um momento de adoração com toda a igreja, que com firmeza declarou “Então eu vi o céu e uma nova terra; Toda esperança que se foi na guerra; Eu encontrei nos olhos do cordeiro. Maranata! Ora vem Jesus, eu quero a sua volta”, em um momento de muita emoção e consolidação do evento perante à solene marca alcançada.

Adoradores oficiais da noite, a dupla “Alisson e Neide”, que vem acompanhado o congresso de há tempos, apresentou louvores evocando a presença divina. Em mesma direção, esteve alinhado Marcelo Nascimento. Os cantos ecoados junto ao vocal da Umademp Brasil impactaram. Deus trabalhou e o maestro Alê Gomes novamente foi peça fundamental, interagindo com o vocal e comandando a orquestra. Idêntica graça foi reservada pelo Senhor aos maestros auxiliares que atuaram no decorrer de outros hinos. Tudo para a glória de Deus.

Embalados e ao som de trombetas, o conjunto adorou com o louvor “Igreja de pé” Com muito poder e unção declararam com impetuosidade “A igreja vai permanecer de pé”. Assim como tem permanecido. Completamente lotado, o templo-sede se transformou em coral uníssono, exclamando “Não há poder no inferno que possa resistir diante da presença e do poder do Grande Eu Sou“.

Marcelo Nascimento (RJ) assumiu mais um momento de adoração. O irmão de Mattos e Michele Nascimento relatou o seu testemunho de libertação do vício e entoou uma famosa canção cujo trecho diz “Jesus, filho de Davi tenha compaixão de mim”, acompanhado pela grande multidão. Com autoridade profetizou sobre a vida dos jovens: “A minha casa e o meu trabalho serão uma benção, tudo que fizer prosperarei, todos os arcos serão quebrados e os inimigos envergonhados, em todo lugar que eu passar abençoado serei e toda vida que eu ganhar será do reino.” Letra de seu segundo louvor.

Encerrando o período de louvores da liturgia do culto com o hino “Grandioso és tu”, foi dado inicio à pregação. O instrumento divino foi o pastor Rafael Bello.
A palavra foi baseada em Mateus 4.1 “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto”, trecho em que Jesus é tentado pelo inimigo. Entre vários temas, trouxe à tona a necessidade de esvaziar-se de si mesmo para deixar que a presença do Espírito Santo preencha.  E de como é perigoso estar cheio do Espírito Santo, pois ele nos leva a lugares onde não queremos ir para sermos tentados. A despeito disso, “O lugar que eu estou pisando não me influencia, eu influencio o lugar que estou pisando”, destacou. A transmissão da palavra foi gloriosa, fortalecendo os jovens a não ceder as tentações e pressões do mundo e a influenciar todos os lugares em que colocarem os pés.

Em um momento espiritual foi feito o apelo para as almas perdidas – 26 vidas não resistiram ao poder transformador do Espírito Santo, entregando seus caminhos a Jesus e declarando-o como seu único e suficiente salvador. O relógio acusava 22h48. A magnífica noite tinha de ser encerrada. Já estava inserida n’outra página dessa história cinquentenário.

(Célio Campos e Hadassa Reises)

Célio Campos
Célio Campos
Jornalista, historiador, editor de Conteúdo do jornal O Arado e mestrando em Comunicação.