AD Perus uma igreja que valoriza o ministério feminino
Durante a EBFO 2019, a Assembleia de Deus Ministério Perus adicionou aos seus quadros ministeriais, entre consagrações, reconhecimentos e reintegrações, um total de 371 mulheres para as funções de cooperadoras (197), diaconisas (152) e missionárias (22).
Esta é uma marca da AD Perus que, desde os anos 1980, passou a contar com o primoroso trabalho feminino. O que para alguns ainda é motivo de resistência ou discussões intermináveis, na AD Perus já é natural.
Durante um dos cultos no Plenário Paulo, o pastor Elias Cardoso citou a relevância do trabalho voluntário e exemplificou com as esposas dos pastores da liderança que assumem o front da cozinha, nas barracas, do estoque. “Eu gostaria de ter uma televisão aqui para passar os bastidores. O que ninguém vê”, pontuou.
O presidente ressaltou, ainda, que quando alguém faz um pedido no balcão e leva o produto desejado, é importante lembrar que “alguém fez, alguém trabalhou, preparou, virou a noite aqui”. Não sem razão, os homens são minoria na composição do voluntariado da Praça de Alimentação.
Um espaço onde eles são bem-vindos, mas não devem tentar tomar as tarefas delas. O irmão Paulo Roberto, da Regional Mairiporã, que trabalhou como voluntário ao lado da esposa no domingo (3), pontuou que sempre busca agir com cuidado para não deixar as mulheres tristes cumprindo atividades que elas fazem questão de realizar.
Sem guerras entre gêneros
No reino de Deus, não há espaço para as narrativas agressivas de homens contra mulheres e vice-versa. Enquanto alguns insistem nesta perspectiva, que não encontra amparo nas Escrituras, Jesus mudou os paradigmas do tratamento dado à mulher.
O livro de Provérbios, no capítulo 31, apresenta o perfil de uma mulher que muitos até poderiam dizer que seria uma novidade do século 21. No entanto, a mulher empreendedora, que cuida dos filhos, do esposo, da casa, dos empregados e, claro, de si mesma, já existe há alguns séculos.
Reconhecer os atributos desta mulher publicamente não é nenhuma novidade. O próprio texto bíblico recomenda: “Que ela receba a recompensa merecida, e as suas obras sejam elogiadas à porta da cidade” (Pv 31:31)
Novo patamar feminino
A igreja cristã sempre esteve marcada pela influência feminina. O evangelista Lucas fez questão de mencionar o papel da mulher no ministério de Jesus. No capítulo 8, o médico ressalta a presença de Maria Madalena que não foi apenas liberta de espíritos malignos, mas passou a integrar a comitiva de Jesus.
O doutor Lucas também menciona as mulheres que aplicavam os próprios recursos financeiros para ajudar a sustentar Jesus e seus discípulos. Esta nova forma de tratar a mulher, abre caminho para histórias impactantes como testemunhado pelos discípulos na cidade de Sicar, no poço de Jacó.
Ali, uma mulher que estava marcada por ser rejeitada pelos homens, desprezada pela sociedade em geral pelo seu histórico conjugal, que teve nova perspectiva social ao se encontrar com um Homem diferente que não queria usar seu corpo e descartar. Não era apenas mais um judeu, era o Salvador que queria promove-la e torna-la um instrumento em suas mãos.
Os exemplos continuam com Lídia, a primeira pessoa a se converter na Europa. Temos, também, as menções incomuns que o apóstolo Paulo faz a Priscila e Áquila, mencionando primeiro a mulher, depois o marido (2Tm 4:19; Rm 16:3; At 18:19,26). Um detalhe que denuncia a proeminência desta mulher, ao lado do seu marido, para a igreja do primeiro século.