No sábado, tarde foi de profundas advertências aos que militam no ministério divino
Frutos ministeriais e escalada de valores aos que atuam no segmento eclesiástico predominaram nas ministrações
DA REDAÇÃO Se pela manhã os participantes da edição anual da Escola Bíblica Fraternal de Obreiros conviveram com informações que diferenciam quem é e quem não é ministro com autenticidade à luz bíblica, no período da tarde as palavras transcorreram de forma muito mais pontuais, exigentes e em certos momentos duras até. Nas preleções, atuaram sob autoridade divina os pastores Joinville Albernaz (plenário Paulo templo-sede) e Nerival Accioli (plenário Timóteo Catedral).
No mesmo compasso, os oradores deram início às condiderações abordando o que denominaram como “Elementos essenciais para a ocorrência de um ministério frutífero”. O texto-base que referendou as considerações foi “Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos” (Jo 15: 5-8).
Divididos em cinco tópicos, tema inicial começou exigindo temor a Deus como sinônimo de obediência extrema ao Criador. “A primeira qualidade que se pede a um membro do ministério é que se demonstre temor, que seja temente a Deus, pois daí procede a obediência, gerando comunhão. O bom relacionamento com o divino continua sendo o motivo das grandes conquistas”, ensinaram. E admitiram, contudo, que manter comunhão com Deus não é tarefa das mais fáceis, porém possível.
Se o templo-sede se manteve lotado, o espaço ocupado junto á futura Catedral obedeceu o mesmo sentimento. Bancos, cadeiras, balcões, galerias e corredores totalmente tomados cuidaram de apontar que novamente o ministério fechou com a Comissão Organizadora, comparecendo em maciço número.
Ainda acerca da comunhão com o Senhor, foi ministrado e compartilhados meios para a manutenção de um bom relacionamento com Deus: Aceitar a forma como Deus atua, Viver sob a dependência de Deus e Coragem para confrontar o mundo.
O assunto humildade foi devidamente explorado, vez se tratar uma virtude da maturidade cristã, fazendo parte das qualidades de um autêntico homem de Deus. “Sem humildade é impossível servir a Deus”, decretaram, solenemente. “E a manifestação especial da humildade revelada é reconhecer que estamos destituídos da glória de Deus. A salvação precisa ser cultivada”, advertiram.
Humildade para perdoar, humildade para pedir perdão, tornar-se servo e serviçal complementaram o primeiro período de ministrações. “O Senhor, quando foi escolher os seus discípulos, não os encontrou numa praça de lazer ou mesmo descontração. Estavam trabalhando arduamente. A Bíblia prova que Deus jamais recruta ociosos para trabalhar em sua obra. Todos os que foram e são chamados, por certo estão envolvidos em alguma atividade”.
CAPÍTULO 4
O “segundo tempo” ou “segunda etapa” dos ensinamentos compartilhados com os participantes da Escola Bíblica Fraternal de Obreiros na tarde de sábado, versou sobre Os valores espirituais do obreiro. E coube aos mesmos oradores, pastores Joinville Albernaz (plenário Paulo templo-sede) e Nerival Accioli (plenário Timóteo Catedral) abordar o polêmico e instrutivo assunto.
Iniciaram destacando a composição ministerial da igreja que na essência se forma por pessoas que se tornam responsáveis em cuidar das coisas espirituais e eternas. Nisso apresentaram duas nuances opostas ao trato com a coisa santa: o homem natural e o homem espiritual. Buscaram apoio bíblico. Leram 1ª Cor 4:1 como texto de apoio ao tema proposto.
Elementos operantes na espiritualidade de formas primordiais se produzem mediante regras determinadas por Deus: a palavra divina, a oração e o jejum. Perante a palavra divina, os valores espirituais da igreja convivem com incessantes ameaças: a carne, o mundo e o diabo. E diante dessas adversidades, o apóstolo Paulo admoestou aos obreiros que enfrentem essas adversidades na qualidade de ministros divinos.
Ainda no rol de responsabilidades, a figura do obreiro como intercessor foi estampada. “O obreiro é o responsável em interceder e primar pelo bem-estar espiritual, social da igreja e do mundo. “O obreiro não pode nem deve negligenciar seu papel em assistir as pessoas na casa de Deus e fora dela. São inúmeros que necessitam da intercessão, dos cuidados de seus líderes. Servir a Deus e à obra é a primeira lição a ser devidamente aprendida pelos que militam a boa milícia”, esclareceram. (Célio Campos)