Advertências à profanação ministerial e êxito do servo fiel polarizaram as últimas plenárias da EBFO

dLições complementaram o sistemático ensino acerca das características positivas dos obreiros aprovados


DA REDAÇÃO– A exitosa edição anual da Escola Bíblica Fraternal de Obreiros (EBFO) chegou ao fim, na manhã da segunda-feira, dia 8. Deus trabalhou poderosamente nos quatro dias, movimentando milhares de obreiros, lideranças e um verdadeiro batalhão de voluntários que somando forças, promoveram sob grande êxito o maior evento de 2016 em termos de lideranças e formadores de opinião.

Conforme a programação previa, os capítulos 9 (As consequências de profanar o ministério) e 10 (O triunfo do servo fiel) foram abordados por conta dos oradores, pastores Nerildo Accioli (plenário Paulo, no templo-sede) e Erivaldo Soares Souza (plenário Timóteo, na futura Catedral). Lições importantíssimas compartilhadas aos presentes sob grande dose de experiências colhidas por ambos no exerc�cio da vida pastoral que ostentam.

De pronto, salientaram que uma das maiores abominações aos olhos de Deus é a profanação daquilo que ele tem por santo e sagrado. A porta de entrada aos comentários foi a recapitulação do capítulo- 12, versículos 16 e 17 da carta aos Hebreus. No texto, relata-se a profanação de Esaú que trocou a benção da primogenitura por um prato de guisado. Depois, ao arrepender-se, acabou rejeitado por ter se perdido no tempo.

“Um dos grandes segredos em não profanar o ministério é conhecer o Senhor. Os filhos de Eli erraram feio justamente por desconhecer o Senhor de verdade. Quem conhece o Senhor não profana, não põe a mão naquilo que é sagrado, não pega aquilo que não lhe pertence e especialmente reconhece o poderio do Senhor”, avisou o pastor Nerildo.

No mesmo compasso, o pastor Erivaldo iniciou advertindo que a commida que seria servida à mesa era forte. “Mas você tem escolha até o momento em que decide fazer parte do ministério. Depois disso, é obedecer piamente a Deus e honrar os seus mandamentos. Ninguém é o que é na marra. Fomos escolhidos em meio a milhões de pessoas, logo, não podemos nem devemos atentar contra a santidade de Deus profanando as coisas sagradas”, decretou.

Incentivando que cabe ao homem de Deus influenciar positivamente a vida espiritual do povo, levando-o à santidade divina, oradores se serviram da triste experiência envolvendo os filhos do sumo sacerdote Eli � Hofni e Finéias. A duplpa deu mais importância às ambições pessoais e deixaram de lado o cumprimento com as responsabilidades para as quais foram chamados. Perdidos, praticaram delitos contra a ordem espiritual e moral, desfalcando� o altar de sacrifício oferecido a Jeová.

Dotados de amplos conhecimentos, recordaram com riqueza de detalhes que a igreja brasileira tem demonstrado falta de temor para com as coisas sagradas, inclusive tomando atitudes que cuidam em profanar o reino divino. “Obreiro que não ouve a voz do Espírito Santo se transforma em um sério candidato a profanar o reino. Homens que começam bem e terminam mal. O episódio envolvendo os filhos de Eli precisa ser interpreato como alerta para que obreiros não incorram em atitudes semelhantes. “Além da penalização presente, terão de dar conta de seus atos inescrupulosos perante Deus� no futuro, vez que o juízo divino sobre os profanos é algo inevitável”, esclareceram.

Concluindo o tema, mostraram ainda que não se pode servir ao Senhor de verdade mediante atitudes irreverentes. “Não macule o evangelho, a igreja porque é algo precioso, custou o precioso sangue de Cristo derramado sobre a cruz no calvário. Louvemos a Deus que ainda existe uma geração de Samuel, disposta em ouvir a voz divina e que sob quaisquer hipóteses perde o temor pelas coisas sagradas”.

ÊXITO MEDIANTE FIDELIDADE

As considerações matinais se processaram sob o tema “O triunfo do servo fiel”, de forma que se aos infiéis o rigor da ira divina se manifestará no momento em que se processar o fechamento das contas espirituais, Deus fará e faz justiça aos que se mantém fiéis aos seus preceitos, que administrarem bem o povo sob a sua responsabilidade.

O pastor Nerildo optou em discorrer acerca do tema, valendo-se do segundo livro de Reis, capítulo 4: 1-7. Ousado, sustentou evidências de recompensa terrena.


De acordo com a passagem, esta mulher era esposa de um homem que temia e reverenciava profundamente, o Senhor. Infelizmente, seu marido morreu deixando a sua família uma dívida que eles não podiam pagar. Como resultado, o credor estava vindo para levar seus dois filhos para serem escravos. Disto nós podemos facilmente entender, a emergência da situação: a mulher por causa de uma dívida não paga estava perto de perder seus dois filhos. Para encarar este problema ela clamou a Eliseu, o homem de Deus.

Deus através de Eliseu disse a mulher para pedir emprestado vasilhas vazias e despejar o azeite da sua jarra nelas. “Se nós não levarmos Deus em conta, essas instruções podem parecer realmente loucas. Pois, de acordo com as leis científicas, uma jarra de azeite não pode encher a não ser outra jarra de azeite do mesmo tamanho. Portanto, cientificamente falando, o que Eliseu disse a viúva que aconteceria era impossível. No entanto, era impossível se, eu repito, nós não levássemos Deus em conta. Pois, se nós levamos Deus em conta as coisas são inteiramente diferentes”, argumentou.

A razão é que Deus não está restrito as leis científicas. Realmente, quando vem a Ele o que conta não é se algo é cientificamente possível, mas se é a sua vontade ou não. Quando algo é sua vontade, irá acontecer, não importa o que os cientistas possam dizer. Obviamente, a partir do que nós lemos até agora, nós podemos concluir que Deus desejou o livramento desta mulher de seu problema como Ele sempre deseja que seus filhos vivam em vitória. “Sinal de uma recompensa terrena”, exemplificou.

Erivaldo optou, contudo, em completar o seu raciocínio, valendo-se da referência bíblica relatada em Mateus 24: 45-47, quando o servo bom e fiel alcançou reconhecimento perante as atitudes tomadas em relação ao seu senhor.

“O exercício ministerial pode aparentar que nem sempre tenhamos recompensa, reconhecimento imediatos. Mas quero que você entenda que todo o sacrifício, renúncia e dedicação para alcançar o alvo é válido. Nada pode nos tirar o foco. Fomos escolhidos para triunfar e é este o verbo a ser conjugado por conta dos que se encontram alinhados às exigências divinas”. (Célio Campos)