“Ele vem! Não vamos nos dobrar”
A primeira noite do Congresso Nacional da Umademp, na Catedral de Perus, foi uma demonstração clara das grandes coisas que o Senhor fará mais uma vez no meio do seu povo. A cantora Josyane fez uma participação especial e adorou ao Senhor com a multidão acompanhada da Big Band Umademp declarando a santidade do Eterno.
O pastor Genival Bento, de Maceió-AL, fez a exposição da palavra de Deus com base no texto de Atos 1:9-11 onde se lê: “E, quando dizia isto, vendo-o eles, foi elevado às alturas, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos. E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.”
A partir deste texto, o preletor desenhou o contexto político e social considerando o período intertestamentário e até o momento em que Jesus desaparece entre as nuvens diante dos seus discípulos. O panorama apresentado aponta para a cooptação política dos sacerdotes, frieza espiritual no culto judaico, segregação social derivada de embates ideológicos entre fariseus e saduceus.
Contrariando o pensamento dos governantes, o Senhor faz surgir na Galileia, a mesma região desprezada pelo alto clero judeu, uma pregação diferente, impactante, confortadora, transformadora que empreendeu uma grande revolução não apenas social mas, sobretudo, espiritual.
Perfil dos galileus
O pastor Genival trouxe à tona um comentário do historiador Flávio Josefo que descreve os galileus como “laboriosos, patriotas e honrados”. Assim, eram conhecidos (e desprezados) por se dedicarem a atividades como pesca, agricultura e pecuária.
O amor a Israel, a não aceitação do domínio romano em seus termos também os distinguia daqueles que buscavam vantagens pessoais no relacionamento com os governantes. Os galileus também, conforme destacou o preletor, “davam mais valor à honra do que ao dinheiro, não se vendiam”.
Um certo jovem galileu que, 18 anos antes foi encontrado pelos seus pais causando perplexidade entre os emproados doutores da lei, agora, começa a formar seu grupo de trabalho. Dos 12 chamados, apenas Judas, o tesoureiro, não era galileu.
Assim, depois de operar seu primeiro milagre em um casamento em Caná, seu nome foi divulgado em todo Israel e foi além de seus termos. Expulso de Nazaré, estabeleceu seu quartel general em Cafarnaum. E, para espanto dos governantes romanos, saduceus, fariseus e escribas, o galileu por nome Jesus passou a dar “esperança para quem não tinha, anunciando um novo céu que está vindo aí”.
Morte ao Galileu
As tentativas de abafar a fama de Jesus fracassaram. Daí, a necessidade de mata-lo. “Queriam mostrar que o sistema era maior do que Jesus”, pontuou o pastor Genival. Assim a prisão, julgamento, tortura e execução, um processo viciado em todas as etapas, seria eficiente para dispersar os seguidores do nazareno. Matar e sepultar Jesus deu aos integrantes do sistema político a falsa sensação de vitória. Silenciaram o pregador da Galileia. Dispersaram-se seus seguidores que cada um voltou às suas rotinas como deveria ser: pescar, arar a terra, apascentar os animais.
O Galileu vive
A notícia da ressurreição de Jesus fez ruir todo o plano daqueles que subornaram Judas, agora, integrante da história como o traidor suicida. Algumas mulheres que foram cumprir os rituais de cuidado do corpo do Mestre, voltaram do túmulo dizendo que o corpo não estava mais onde devia estar. Diziam que anjos haviam anunciado sua ressurreição.
Os galileus que andaram com aquele pregador cheio de autoridade estavam divididos entre crer no que ouviam ou esmaecer o coração pelo temor de que os romanos voltassem suas lanças contra eles.
Por buscar intimidade e profundidade no relacionamento com seus amigos, o Galileu percorre a distância de Jerusalém até Emaús conversando com dois discípulos que iniciaram o encontro com o coração gélido, mas perceberam que as palavras daquele viajante dissipava a frieza da incredulidade. E, sentado na mesa, ao partir do pão, o Mestre se deixa conhecer e desaparece diante dos seus olhos.
Galileu restaurador
Jesus foi abandonado pela maioria dos seus seguidores. Como ele mesmo previu, foi negado três vezes por Pedro. Traído por Judas. Mesmo assim, se dispôs a ir em busca de todos eles e restaurar a comunhão, incendiá-los com a esperança. Jesus estava pronto para restaurar aos discípulos sem lançar qualquer culpa em seus rostos. Daí perguntar três vezes a Pedro sobre seu amor.
Neste ponto, o pastor Genival ponderou: “Você sabe que não é fácil estar em pé no século 21. Quando alguém cai, a primeira coisa que se faz é esquecer. Jesus não faz isso com Pedro”. O preletor ponderou também: “Como seres humanos não somos perfeitos, mas na maioria somos perfeccionistas”.
O preletor ponderou, ainda, com o exemplo dos soldados em um exército como o americano que são treinados para dar a vida pela pátria e, também, pelo companheiro de batalha. Com isso, destacou a necessidade de que os soldados do exército de Deus estejam dispostos a não deixarem ninguém pelo caminho.
Galileus capacitados
Uma vez restaurados em suas emoções, avivados em sua fé, Jesus delegou novas funções aos seus seguidores. Agora, eles estavam preparados até mesmo a morrerem pela bandeira que passariam a hastear a partir daquele momento. E fariam isso revestidos de uma autoridade sobrenatural, pelo derramamento do Espírito Santo. “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1:8).
Por isso, aqueles galileus causaram espanto no alto clero judeu como relatou Lucas: “Então eles, vendo a ousadia de Pedro e João, e informados de que eram homens sem letras e indoutos, maravilharam-se e reconheceram que eles haviam estado com Jesus” (At 4:13). Já não eram apenas os homens pobres e incultos da Galileia. Agora, eram homens cheios do Espírito Santo, formado pelo Mestre dos mestres, com coragem para enfrentar a morte, superar privações em nome de Jesus, o Filho de Deus.
Galileus do século 21
O pastor Genival lembrou a simplicidade que sempre marcou a vida da igreja de Jesus. Assim, recordou os primeiros passos das Assembleias de Deus no Brasil que foram dados pelos pés de homens sem retórica e sem recursos, mas com unção para declarar: “Ele salva, cura, batiza e Ele vem”.
Bento rechaçou uma máxima corrente nos dias atuais de que a geração assembleiana não é mais a mesma, que não há mais lealdade aos princípios basilares do evangelho. “Não podemos destruir e espalhar com as mãos [o trabalho] das gerações que antes de nós, sem os privilégios que temos, não desistiram”. Ele deixou uma palavra de ânimo à igreja: “Se encontrar algum da Judeia que pensou que eu ia desistir, que eu ia perder a fé, eu não desisto, porque Ele vem!”
Assista a íntegra da ministração
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