Cibemp Brasil é mergulho no sobrenatural

A finitude humana não é capaz de compreender a profundidade e sublimidade da adoração que ecoa do Grande Coral formado pelo exército de intercessoras que se reuniram na Catedral da AD Perus para participar do Cibemp Brasil 2022.

São milhares de vozes que declararam com autoridade, humildade e quebrantamento: “te adorarei independente do que for”. As lágrimas rolam abundantemente não por angústia, mas por gratidão. Por isso, milhares de mulheres se unem a uma voz para declarar: “Eu Te adorarei no mar, no vento ou temporal / Te adorarei na tempestade, ou na bonança / Na prova, no fogo, no vale, no monte / Em meio ao deserto, ou perto da fonte /Eu só posso mesmo é Te adorar!”.

A atmosfera do ambiente muda, ao ouvir milhares de mulheres que se colocam na condição de servas do Altíssimo, adoradoras do Deus Vivo, declarando os atributos do Eterno: “Grande, Justo, Lindo, Santo, Forte, Torre, Rocha, Vida”. Com autoridade que somente o Espírito Santo pode dar, elas declaram que o Eterno: “Manda, pode, cura, livra, salva, usa, ressuscita. Ele tem, Ele é, Ele faz, Ele sabe”. Quiséramos poder contar todas as maravilhas que justificam esta adoração, mas são muito além do se pode contar. São testemunhos, experiências que marcam, indelevelmente, o coração daqueles que são sensíveis.

GRATIDÃO

Na manhã de sábado (21), a missionária Maria de Fátima C. Dias da Silva testificou sua gratidão pelo que Deus operou em sua vida. Livre do laço da morte depois de ser diagnosticada com pneumonia bacteriana, ter uma crise de asma, sofrer um derrame no pulmão direito e passar por duas cirurgias em uma semana, ela declara com alegria: “Eu não sei você, mas eu tenho muito a agradecer ao meu Deus. Ele me deu vida para estar aqui hoje”.

As experiências aprofundaram a intimidade e aumentaram a disposição. Em uma rápida saudação às congressistas, a missionária Fátima citou o texto de Eclesiastes 9:10 e advertiu para quem, por qualquer motivo, quer deixar de fazer o que foi ordenado pelo Senhor. “Então pare de fazer birrinha pra Jesus. Isso é manha!”, exortou com a doçura e firmeza que são típicas das mulheres.

A missionária fez, ainda, um alerta para as colegas de ministério. “Você que é mulher de pastor, trata de pôr-se de pé e acompanhar seu esposo onde ele for. Jesus está te dando uma ordem nesta manhã: se levanta!”. Ela rechaçou as desculpas recorrentes que são utilizadas: filhos, dores, muitas tarefas, rotina ministerial. Para a missionária nenhum álibi é aceitável. Com conhecimento de causa, ela exortou: “Para de fazer graça. Vamos louvar e adorar ao nosso Deus. Ele merece, é Bom, Maravilhoso. É um privilégio fazer parte desta família”.

LIVRAMENTO

A missionária Eliana Camilo compartilhou uma experiência recente de livramento vivido por um dos seus filhos. Enquanto ela estava ministrando a palavra de Deus em um culto, uma irmã foi tomada pelo Espírito Santo e começou a marchar no meio da igreja. Muito embora sejamos pentecostais, já estamos disciplinados com o fato que no meio de uma pregação, nenhum profeta interrompe o preletor. Contudo, o Senhor comunicou ao seu espírito que algo sobrenatural estava em curso. Ela ouviu a sua voz: “Aquieta, presta atenção, porque estou dando livramento agora”.

Ao chegar em casa, a missionária soube que o veículo que seu filho Gabriel Camilo estava dirigindo, parou no meio da rodovia. O pastor Jadir de Jesus foi acionado para prestar socorro, porque o defeito não tinha causa aparente. Deus, então, fez entender que a palavra profética de livramento no meio do culto, enquanto ela ministrava, estava alcançando a sua própria família.

Considerando esta experiência, a missionária lembrou às congressistas que o “Espírito Santo tem liberdade nesta casa”. Ela também alertou às irmãs: “Tem vaso meu aqui, que está retendo o que eu já dei. “Você não veio aqui só pra receber. Talvez você tenha vindo pra Deus te usar. Então, por favor, não leve pra casa aquilo que Deus te entregou. Quem reina aqui é o Senhor e você tem liberdade de fazer aquilo que o Senhor colocou no teu coração Tem pessoas aqui precisando de um abraço teu. Tem alguém precisando do que está guardado no teu coração”.

CURA DE CÂNCER

A diaconisa Dalva Gomes, de Umuarama, conhecida na cidade pela recorrente expressão de adoração: ‘Deus é Bom o tempo todo’, há quatro anos ela foi diagnosticada com câncer de nasofaringe em estágio 4, com tumor medindo 5,4cm que já havia atingido o cérebro o que inviabilizava uma cirurgia. O tratamento recomendado foi quimioterapia, seguida de radioterapia. Pelo impacto da medicação perdeu 25kg muito rápido, além de perder todo o cabelo que já era grande.

Como enfermeira, a irmã Dalva testifica que Deus lhe deu tranquilidade e paz, diante do momento desafiador. “Nunca tive medo da morte. Porque depois que aceitei a Jesus, eu sei bem o que acontece. Já tive o privilégio de ver alguns crentes de verdade morrer em muita paz. Então, não tenho medo da morte, mas sempre tive medo do sofrimento, de uma cama, um leito de hospital”, compartilhou.

A diaconisa destacou o saldo da experiência. “Aprendi tanto com Deus. Eu achava que era outra coisa ficar doente. Eu não sabia como crente adoecia. Não sabia que Deus pegava no colo”, detalhou. Ela explica ainda que, mesmo após os efeitos das sessões de quimioterapia, não perdeu uma aula de Escola Dominical, nem deixou de participar de uma única Santa Ceia, mesmo com as feridas na boca, participou da mesa do Senhor.

DEPENDÊNCIA DIÁRIA

Ela aprendeu, ainda, a confiar do cuidado diário do Senhor. Todas as manhãs ela passou a ouvir a voz do Mestre perguntando: “O que queres que eu te faça, hoje?”. Frente às inquietudes, em alguns momentos ela queria antecipar algumas dificuldades futuras como, por exemplo, as baterias de sessões de quimioterapia.

Mas a voz do Senhor reiterava qual a necessidade do “hoje”. Isso a ensinou a confiar e depender ainda mais do Senhor dia a dia. “Você só tem força pra viver o dia de hoje. O que queres que eu te faça hoje. Hoje, quero o mover do Espírito Santo. A manifestação da glória de Deus”.

Em seu testemunho, ela recordou de um irmão que, inconsolado, questionava a Deus por quê ela estava passando pela enfermidade. Ao que ela refutou: “Que oração boba é essa que está fazendo? Sol e chuva vem sobre todos”, explicou. Ela ponderou, ainda, que é improducente considerar que em um hospital para tratamento de câncer, não tem crente sendo atendido. “Acha que em um hospital de câncer só tem ímpio? É até crueldade com os crentes que estão lá dentro. Além de estar doente pensar que é castigo”.

Ela testifica com simplicidade e autoridade de quem passou pelo vale: “Hoje estou aqui para dizer: câncer de cabeça, em estágio avançado, Deus cura!”