AD Perus: 72 anos fazendo missões
Este ano, a AD Perus completa 72 anos de fundação. Uma trajetória vibrante, marcante, edificante para quem tem visão espiritual e percebe o mover da boa mão de Deus em cada passo da igreja. O calendário festivo em todas as regionais compreende a primeira quinzena do mês de setembro. O ápice das comemorações acontece em conjunto com a realização do Congresso Nacional de Missões do Conampe.
No último sábado, 7 de setembro, a gratidão a Deus se expressou na realização de dois eventos vibrantes que são a Alvorada, a partir das 6 horas da manhã, e o Desfile Cívico, a partir das 14 horas. Há 53 anos o corpo musical formado por músicos de várias regionais, sob a batuta do pastor Renato Maximiano, coordenador do Corademp e líder regional na Vila dos Remédios, faz com que os moradores de Perus despertem nas manhãs de 7 de setembro com um barulho diferente: o som da adoração de um povo agradecido ao Senhor por tudo que Ele tem feio por intermédio da sua igreja no Brasil e no mundo.
Desfile
O desfile realizado no período da tarde, é uma representação de todos os departamentos da igreja e, também, das ações sociais e educacionais realizadas por meio da Associação Azarias. Com saída a partir da Catedral, a multidão desfilou até a Praça Inácio Dias, em frente à Estação da CPTM. Neste ponto, foi realizado um culto e três pessoas se entregaram a Jesus. Na sequência, retornaram para a Catedral.
A passagem das alas chama a atenção. Enche os olhos e agrada aos ouvidos a composição do desfile: comissão de frente, bandeiras dos Estados, banda, crianças, Camp, Umademp, Cibemp, Conampe e obreiros que, com gratidão expressa no sorriso e no olhar, não ostentam orgulho mas empunham o estandarte do evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.
Pedestres acionam os celulares para filmar e fotografar. Os populares expressam admiração e se encantam com uma forma marcante de anunciar a Cristo. Até mesmo condutores de veículos que precisam aguardar para seguir viagem, desembarcam para registrar.
No encerramento do Desfile, o pastor Joinville Albernaz ressaltou aos irmãos que não é possível mensurar a totalidade do impacto destas ações. Ele pontuou que as avidas são tocadas pelo poder de Deus por intermédio deste ano de fé da igreja.
Evangelismo musical
Entre os integrantes do corpo musical, encontramos o irmão Ademar Pereira da Silva, membro na Catedral, que completou 50 anos de participação tanto na Alvorada quanto no Desfile. Ele entregou sua vida a Jesus com apenas 8 anos de idade e foi batizado nas águas em 1970, aos 16 anos.
O irmão Ademar recorda uma experiência vivida há cerca de quatro anos quando, em um domingo, após a Escola Bíblica Dominical, ele testifica que estava se sentindo “cheio da graça de Deus”. Com o coração transbordante, o músico sentou à beira da calçada e começou a tocar.
Em um determinado momento, um morador pediu que ele entrasse em sua casa. Ao lado da esposa e do filho, o anfitrião, identificado como doutor Jorge, confidenciou que já conhecia o irmão Ademar há muito tempo, mas não conhecia o seu talento musical. Após ouvir os hinos “Tu És Fiel” e “Grandioso És Tu”, o dr. Jorge declarou: “eu vou ser crente”. Com lágrimas, o irmão Ademar celebra: “ganhei [para Jesus] naquele dia”.
Em outra ocasião, quando seu coração estava angustiado, até com uma intenção de encerrar o ministério da música, ele começou a tocar. Neste instante, ele recorda que sentiu como se uma chuva caísse sobre a sua cabeça. “Indescritível de explicar”, complementa. Por volta das 20 horas, após tocar cerca de oito hinos, ele ouviu que alguém batia à sua porta.
Quando atendeu, era uma jovem que havia mudado recentemente para a região próxima ao Recanto dos Humildes. Em lágrimas, ela testificou: “Sou desviada. Quando o senhor começou a tocar aqui, eu não aguentei”. A jovem explicou que saiu de casa em busca do local de onde ecoava o som. Ao encontrar a casa do irmão Ademar, explicar para ele o que havia ocorrido, se reconciliou com o Senhor Jesus ali mesmo na porta de sua casa.
Talento em família
Como organismo vivo, formado, sustentado e conduzido pelo Autor e Consumador da fé, a igreja avança no cumprimento da grande comissão, ensinando os valores espirituais de geração em geração. Assim, a marcha da igreja é assegurada até que o Senhor venha buscar o seu povo. Esta transmissão de conhecimento está presente na família Gonçalves que congrega na Catedral, em Perus.
Antony Gonçalves, 11 anos, começou a participar da alvorada em 2016 tocando flauta doce. A partir de 2017 já empunhou o trombone mesmo instrumento do seu avô, irmão Ezequiel Gonçalves, de que começou a participar da alvorada em 1978. Nestes 41 anos, só não pode participar de três edições. Até 1984, ele tocou sax tenor. De lá para cá abraçou o trombone. Sobre participar da Alvorada e do Desfile o trombonista detalha que “não tem explicação”.