Israel, Palestina. Uma guerra sem fim?

Israel, Palestina. O confronto entre os dois países evoca a tragédia de uma luta aparentemente interminável. É por isso que temos que resgatar um século de História, desde a emergência das idéias nacionais na Palestina Otomana até o atual conflito, com sua terrível engrenagem de violência, ódio e medo.

No início do século XIX, um punhado de sonhos e ideais perpassados por movimentos de nacionalidades européias, criava na terra das origens da bíblia um lar nacional judaico. Nasce o Sionismo. Milhares de judeus deixam a Europa em direção à Palestina, ainda sob domínio do Império Otomano. A emigração em massa nos anos 1930 se deu quando a ameaça do totalitarismo nazista era eminente.

No confronto com os judeus, os árabes da Palestina vão progressivamente tomar consciência de formar um povo, uma nação. Na época, a determinação britânica era evitar o conflito armado. Incentivando alternadamente os dois nacionalismos, a Inglaterra acabou por levar as tensões ao seu cúmulo. Ao dia seguinte da Segunda Guerra mundial, a ONU vota um plano de divisão do país.

E foi sobre esta base que em 14 de maio de 1948 o Estado de Israel foi proclamado. Pela primeira vez em quase quatro mil anos de história, lutas, conquistas e perseguições, Deus permite que Israel tornara-se oficialmente um país.

Imediatamente, cinco estados árabes declaram guerra a Israel. Um ano depois, 700.000 palestinos deixaram o território, expulsos pelo exército israelense. O evento ficou marcado na memória árabe sob o nome de “nakba”, ou seja, “a catástrofe”.

Foi nesse momento que a Palestina árabe deixa de existir, aumentando o drama dos refugiados. A Cisjordânia e o leste de Jerusalém passam a ficar sob domínio da Jordânia, enquanto Gaza foi dominada pelo Egito. Novamente, os judeus retomam a terra prometida por Deus. Porém, em 1967, a guerra dos seis dias cravou a vida de judeus e palestinos, beirando a eclosão de uma Terceira Guerra Mundial.

A reivindicação palestina fez coro ao movimento terrorista árabe na guerra israelo-palestina. Seus combatentes, até então, não ofereciam grandes riscos ao ocidente. Foi apenas a partir do século XIX que o terrorismo árabe ganha força, graças à atenção que os EUA conferiram à Al Qaeda de Osama Bin Laden no fatídico 11/09.

Apenas em 1974 a OLP (Organização para Libertação da Palestina) foi reconhecida como legítima representante do povo palestino. Os acordos de Oslo em 1993 para os dois povos fora reconhecidos mutuamente. Atualmente, as duas nações travam uma batalha sangrenta onde se mata bem menos que a violência do crime organizado no Brasil.

A ideia da formação de um Estado palestino é, portanto, quase unanimemente admitida por Estados Unidos, União Européia, OLP e Israel e detalhes do acordo de paz são bem conhecidos. Resta então o mais difícil: a Paz.

É lamentável e absolutamente previsível que a mídia anti-semita, sobretudo os “acadêmicos da esquerda falida” ofereçam apoio aos árabes em detrimento da negação de Israel. Mas nada abalará a promessa de Deus em Ezequiel 36:28, de restaurar Israel: “E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus.”

Por: Gustavo Felício